"Blogues não são alternativa a 'mass media'"
2008-04-20
"A blogosfera nunca foi uma vasta rede de circulação de opinião que questionasse o tradicional monopólio da designada indústria da opinião pública", concluiu, categoricamente, o investigador de assuntos de média da Universidade do Minho, Luís Santos. Este docente reagiu, a pedido do JN, ao estudo "Blogues e blogosfera.pt", da autoria de Rita Cheta, Gustavo Cardoso e Rita Espanha, recentemente apresentado. Ali se constata, com dados referentes a 2006, que a blogosfera, "em geral, não é dominada pela prática jornalística nem pela agenda dos 'mass media'", sendo o entretenimento o que mais ocupa a atenção daqueles que escrevem e lêem blogues. Em Portugal, os blogues de José Pacheco Pereira e Nuno Markl são os mais visitados. O estudo verificou também que "apenas um quinto da população portuguesa sabe o que é um blog", referindo-se às páginas na internet cujos conteúdos são produzidos pelos próprios utilizadores, permitindo níveis de interacção no campo do comentário ou através de ligações automáticas a outras páginas. Luís Santos considerou que o estudo foi construído com base "num erro que foi possível identificar nalgumas das primeiras análises sobre o fenómeno (dos blogues) Olha-se o desconhecido tentando ver nele traços do que já temos". Isto é, devido às potencialidades desta ferramenta, os blogues iriam "ser lugar de jornalismo do cidadão, ou jornalismo participativo, ou jornalismo cívico". O facto de partir dessa presunção enformou todo o questionário, disse Luís Luís Santos - lembrando que os dados se referem a 2006, quando o YouTube, por exemplo, se popularizou meses depois de feito o questionário -, considerou ser "um número interessante" o facto de 20% dos inquiridos saberem o que é um blog, como também serem, sobretudo, jovens aqueles que lá produzem conteúdos. Este facto, diz Luís Santos, "indica, se alguma coisa, que a auto-edição vai ser parte integral da vida de um número significativo de adultos daqui a uns anos".
"A blogosfera nunca foi uma vasta rede de circulação de opinião que questionasse o tradicional monopólio da designada indústria da opinião pública", concluiu, categoricamente, o investigador de assuntos de média da Universidade do Minho, Luís Santos. Este docente reagiu, a pedido do JN, ao estudo "Blogues e blogosfera.pt", da autoria de Rita Cheta, Gustavo Cardoso e Rita Espanha, recentemente apresentado. Ali se constata, com dados referentes a 2006, que a blogosfera, "em geral, não é dominada pela prática jornalística nem pela agenda dos 'mass media'", sendo o entretenimento o que mais ocupa a atenção daqueles que escrevem e lêem blogues. Em Portugal, os blogues de José Pacheco Pereira e Nuno Markl são os mais visitados. O estudo verificou também que "apenas um quinto da população portuguesa sabe o que é um blog", referindo-se às páginas na internet cujos conteúdos são produzidos pelos próprios utilizadores, permitindo níveis de interacção no campo do comentário ou através de ligações automáticas a outras páginas. Luís Santos considerou que o estudo foi construído com base "num erro que foi possível identificar nalgumas das primeiras análises sobre o fenómeno (dos blogues) Olha-se o desconhecido tentando ver nele traços do que já temos". Isto é, devido às potencialidades desta ferramenta, os blogues iriam "ser lugar de jornalismo do cidadão, ou jornalismo participativo, ou jornalismo cívico". O facto de partir dessa presunção enformou todo o questionário, disse Luís Luís Santos - lembrando que os dados se referem a 2006, quando o YouTube, por exemplo, se popularizou meses depois de feito o questionário -, considerou ser "um número interessante" o facto de 20% dos inquiridos saberem o que é um blog, como também serem, sobretudo, jovens aqueles que lá produzem conteúdos. Este facto, diz Luís Santos, "indica, se alguma coisa, que a auto-edição vai ser parte integral da vida de um número significativo de adultos daqui a uns anos".